quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

TIMES LIKE THESE



I, I am a new day rising
I'm a brand new sky
To hang the stars upon tonight
I, I´m a little divided
Do I stay or run away
And leave it all behind?


All that you can't leave behind - este foi o nome que eu dei para o blog que me propus a escrever durante o ano de 2009. É uma óbvia referência ao álbum do U2 que é responsável por verdadeiros encontros pessoais (eu ainda acredito em trilha sonora!) e marcou um importante período da minha vida.

O interessante é que em 2008 eu escrevi nas Reticências... (antigo blog) toda a prolixidade de um garoto deparando-se com um mundo novo. O primeiro ano de faculdade, o primeiro contato com a profissão (apesar do jornal do colégio, etc, etc...), os novos amigos, novas leituras - enfim, um tempo que não permitia "pontos finais" dado o frescor das experiências.

Em 2009, no livro das coisas que não posso deixar para trás percebi que talvez fosse preciso ser mais direto, talvez sem maiores rodeios (ser compreendido?!). Refrescando alguns pontos de vista pessoais, revendo conceitos, escrevendo fluxos de consciência (sem maiores rodeios? Como?!), poemas, alegrias e tristezas. Não seria isso a própria vida?

Mas o que eu quero dizer com tudo isso é que a escrita (ou a tentativa de formular um pensamento em palavras - algo difícil para mim) sempre me acompanhou como uma espécie de reflexão maior sobre o período em que escrevo. E o blog funciona perfeitamente como um apanhado de textos que, de certo modo, dizem muito sobre a "atmosfera dos períodos em que foram escritos".

Os posts tratam-se então de "registros pessoais de lembranças frágeis".


"2009"

Já disse em um post anterior que 2009 foi realmente um dos melhores anos da minha vida. Não apenas pelo fato de ter realizado trabalhos que eu julgo importantes, mas pelo simples fato de que eu aprendi muito a confiar em mim mesmo e perceber que quanto mais responsabilidade, mais significativas se tornam as decisões - e por isso mesmo, nem sempre ser "diplomático" se torna uma postura possível.

Percebi que existem caminhos para se trilhar em silêncio, ideais que serão só meus e sonhos que podem parecer ridículos - mas que ao colocar a cabeça no travesseiro voltam a tona, e podem atormentar quando o grande temor é o fracasso.

Em 2009 percebi o quanto é importante se esforçar e ser íntegro o bastante para conquistar respeito, e mais do que isso, para realizar trabalhos realmente relevantes. Mas, acima de tudo, é o trabalho em equipe que produz frutos.

Neste ano eu me despedi, me encontrei, errei, vi amigos partindo para longe, pensei que não conseguiria fazer algumas coisas, me orgulhei, me frustrei. Pensei a respeito de como as pessoas me enxergam, tomei um susto, mas percebi que de nada adianta me martirizar "em favor do que os outros pensam sobre mim".

Continuo acreditando em Deus - e isso é algo inabalável. Sou cheio de incertezas, e por isso mesmo ter meus pés bem firmes na rocha é essencial para que nenhuma tempestade me abale.


2010 - "Que seja melhor"

Que os líderes mundiais encontrem uma resolução para o aquecimento global, que as guerras em curso não se tornem mais trágicas do que já são (falo em especial do Afeganistão e do Iraque), que o Brasil "decole" como sugeriu uma edição da The Economist, que a seleção brasileira traga mais um título e faça a alegria do país e que o candidato do PSDB (Serra?!!!) não se torne o novo presidente da República.

Que eu veja programas tão bons quanto Capitu, que eu fique tão hipnotizado por uma música quanto Empire State of Mind (ainda que meus amigos odeiem!), que eu tenha visões tão belas quanto do alto do Corcovado ou Ipanema ou Salvador ou Goiânia ou Brasília.

Que eu reveja Tudo sobre minha mãe no cinema (e me impressione de novo com a música e as cenas da chegada a Barcelona!), que eu tenha mais surpresas no Oscar como Quem quer ser um milionário?. Que eu veja mais filmes ao estilo de Frost/Nixon, que eu escute álbuns tão bons quanto No line on the horizon ou Phrazes for the young ou o fado de Antônio Zambujo...

E que se em 2010 algum astro pop morrer, por favor, que seja enterrado rapidamente!


O Peregrino

Sobre meus planos pessoais para 2010... ainda não os tenho de maneira concreta. Na verdade estão todas as possibilidades suspensas no ar. Está tudo no alto a espera de um email, de uma esperança, de uma coincidência, de uma resposta, de uma busca.

Sempre me coloquei na figura de um peregrino em busca de sua devoção maior. Ainda estou procurando, talvez em 2010 eu encontre a iluminação que eu procuro. Mas enquanto isso não acontece, tenho como certo que minha visão deve sempre estar no comando, pois a visibilidade é limitada e produz distorções terríveis.

E em se tratando de um peregrino que possui caminhos longos até chegar ao fim da sua Cruzada, optar pela visão é apostar no futuro. E assim chega 2010, seguindo em frente e carregando nas costas o peso de tudo o que não posso deixar para trás.



It's times like these you learn to live again
It's times like these you give and give again
It's times like these you learn to love again
It's times like these time and time again
(Foo Fighters - Times Like These)

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Do they really care about us?!


No ano passado, o "boom" da crise dos alimentos invadiu a mídia - mas infelizmente foi nocauteado por outra crise... a econômica mundial. Naquela ocasião as Nações Unidas buscavam, junto aos países desenvolvidos, recursos suficientes para auxiliar no combate à fome. Não me lembro exatamente qual foi o valor estipulado pela ONU, mas me recordo de que o fundo não conseguiu atingir a meta necessária para efetivação dos trabalhos.

Meses depois vieram os incomensuráveis "planos de salvação" de uma economia neoliberal podre. E assim, a recessão continua em boa parte do globo, mas foi superada graças aos bilionários pacotes de ajuda ao mercado financeiro. Enquanto isso, o mundo agoniza em uma crise de alimentos que será agravada pelo aquecimento global, como já apontam estudos pós - Conferência do Clima.

Mas relembro tudo isso para reforçar a campanha da ONU contra a fome no mundo - "1 bilion hungry". Segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), existe mais de um bilhão de pessoas subnutridas em nosso planeta.

Por ajudar a reverter essa situação, a Campanha disponibilizou uma petição online que deve ser assinada por todos aqueles que desejam expressar seu repúdio ante a situação de fome no mundo. Eis uma maneira simples de contribuir para algo importante.

Os interessados podem assinar o documento através do endereçowww.stumbleupon.com/su/5ONBxv/www.1billionhungry.org/home/pt/.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

O que o NATAL significa para mim?

O natal está diante de nós, e pra quem acha que eu sou o Grinch em pessoa, basta dar uma lida na matéria do jornal "Tribuna do Planalto" desta semana (sobre as sensações do Natal, em que eu sou um dos entrevistados) para perceber que não é bem assim. Dentre os assuntos está a tradição, o sentido da festa para mim, corais (lembranças natalinas), etc...

Eu acredito que o Natal vai muito além de presentes e Papai Noel. Aliás, o nascimento e a vida de Cristo - ao meu ver - promove uma completa revolução na maneira de olhar para este mundo. E por isso mesmo, é paradoxal diante do que se tornou (se resumindo ao comércio desenfreado).

O enviado para salvar o mundo veio pobre, sem recursos. Dormiu numa manjedoura e andou por esta terra simples e humildemente. Eu acredito neste plano divino que confunde os sábios e eruditos diante de tamanha simplicidade. Deveria ele ser um estadista? Ou o seu governo em nada se assemelhava aos destituídos e coroados desta terra?

Mas este cristianismo vinculado, em especial, ao amor - este é complicado e difícil. Incomoda amar o próximo, e isso nem sempre é uma barreira fácil de transpor. Eu tenho total certeza de que este é o grande desafio do cristão.

O amor era sua bandeira e sua maior revolução. Dai provem a graça, misericórdia e tantas outras palavras bíblicas. Para mim o Natal é isso - o amor revolucionário de um menino que nasceu para transformar o mundo. Nada de cristianismo de riquezas - pois seria até contraditório diante da história do autor desta fé!

Que enquanto estivermos nas lojas comprando presentes, ou então quando estivermos confortáveis em nossas casas comendo a farta ceia, nos lembremos da humanidade em geral - e pensemos no quanto falta amor... simplesmente isso: falta amor.

E talvez, ao percebermos que nós mesmos não amamos o mundo como deveríamos amar - nunca falamos sobre isso, e sequer paramos para pensar nesta palavra em um sentido mais amplo, cheguemos a inquietude que levou C.S. Lewis a dizer que "se ele fosse te recomendar uma religião para que você se sentisse confortável, certamente ele não te recomendaria o cristianismo".

sábado, 19 de dezembro de 2009

Férias!


OK! Posso respirar agora? É sábado e eu estou na rádio desde o início da manhã editando os programas de férias - que vão entrar com reportagens especiais, além, é claro, de um programa musical do dia 31 de dezembro.

(...)

Se me perguntarem - agora que entrei de férias - como foi o ano, eu posso, sem dúvidas dizer que foi um dos melhores que já tive. E um ano bom nem sempre é sinônimo de vida mansa, folga e coisas do tipo. Foi um ano de viagens e muito trabalho.

Como me esquecer que vi os primeiros raios do sol no dia 14 de maio (meu aniversário) em Ipanema, no Rio de Janeiro - e ali escrevi o post "Carta de maio". Ou então, que visitei o pelourinho e todas as belezas de Salvador. Sem me esquecer, é claro, do trabalho no Perro Loco - massa(!) e da Rádio Universitária, com todas as suas histórias (boas e ruins também). Mas este ainda não é meu post de encerramento do ano. Ainda faltam alguns dias, e agora é hora de realizar algumas leituras, ver alguns DVDs e ouvir muita música.

É neste livro
das coisas que não posso deixar para trás que eu registro algumas alegrias, tristezas, sonhos e visões. O futuro se descortina diante de nós "que somos jovens", e só nos resta correr atrás!

MAS, montando os programas de final de ano, tenho o do dia
31 de dezembro como especial. Foi tão rápido que nem tive muito tempo para uma concepção mais elaborada a respeito de quais músicas iria colocar no ar nesta data. Por isso mesmo, acabei buscando músicas que tem haver comigo, e que de certa maneira refletem o meu ano.

Eis a lista:

1 - No one's better sake - Little Joy
2 - I'm yours - Jason Mraz
3 - O mar - Vanguart
4 - Dear Prudence - Beatles
5 - O tempo - Móveis Coloniais de Acajú
6 - Tente outra vez - Raul Seixas
7 - I'll go crazy if I don't go crazy tonight - U2

(o programa vai ao ar dia 31 de dezembro às SEIS da tarde, na Rádio Universitária. Ouça pela internet no site www.radio.ufg.br!)

Previsível, não?! Não sei se essas canções resumem todo o meu ano de 2009 - mas boa parte dele foi embalado, se não por essas canções, ao menos pelos artistas em questão. Agora eu só consigo pensar em férias, em AVATAR (em breve quero comentar a respeito aqui no blog), e na comida de casa...

Agora, livre das "amarras" burocráticas, tenho certeza de que me dedicarei mais ao blog.

sábado, 5 de dezembro de 2009